Sejam bem Vindos!!!!

É com muita alegria que apresentamos a vocês os resultados dos esforços de uma equipe empenhada na expansão de recursos didáticos e idéias significativas para enriquecer e fazer frutificar nossas sementes do trabalho da evangelização infantil. E não somente na divulgação do trabalho, mas na combustão do ser criativo existente em cada um. Não apenas no lançar idéias, mas sim no arremessar potenciais adormecidos no caminho da produção e do trabalho didático espírita infantil. Agradeço principalmente pela inspiração dos amigos espirituais, à Kelly pela sugestão do nome do blog e por ceder o espaço para a construção do trabalho, à Lenir do Jardineiras de Plantão pelo empenho na criação e concepção do trabalho, à Alessandra pela disposição e incentivo, ao amigo Paulinho pela ajuda na redação do blog e às artesãs que auxiliaram na produção de alguns recursos. À todos, muita luz e paz!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MARIA - Rita Foelker ( Cecília Meireles )

Naqueles dias, Maria andava como se bailasse ao som da flauta e da cítara.
Conversava como se cantasse hinos de louvor e gratidão.
Costurava como se produzisse a benção das vestimentas.
Naqueles dias, Maria plantava como se entregasse presentes à terra.
Contemplava o amanhecer como quem se nutre de beleza e de harmonia.
Descansava a ouvir, nas águas e nos ventos, a prece da Natureza.
E vivia como se cada gesto fosse uma saudação a Deus ...
... Enquanto esperava Jesus nascer.

A TARTARUGUINHA VERDE - Roque Jacintho

Era uma vez uma Tartaruguinha Verde.
Ela vivia no fundo de uma baía.
Queria, porém, sair da lama.
Suspirava por chegar à superfície das águas e encontrar um mundo novo.
Procurou os conselhos do Rei.
- Ora, ora... - Tenho eu lá tempo para querer outro mundo? Este já me basta...
A Tartaruguinha, depois, ouviu dizer que o Cação era o representante do mundo da superfície.
- É preciso muito juízo - falou o Cação -
É preciso cumprir obrigações para chegar lá em cima.
O Cação amarrou muitas fitas na Tartaruguinha.
Meteu-a numa toca.
- Viva longe das tentações da lama, Tartaruguinha, senão... Bem, você já sabe!
Algum tempo passou.
A Tartaruguinha, na toca, estava cansada.
Não se sentia nem melhor e nem pior.
Via-se, porém, amarrada demais.
Num belo dia, abandonou aquele buraco.
Ela procurou o Peixe Estrela.
Ele ouviu, ajeitou os óculos, pigarreou.
É preciso decorar palavras mágicas - garantiu, tirando o nariz dos livros, sem elas, não há salvação.
A Tartaruguinha decorou livros e mais livros.
Nunca, todavia, se sentia a caminho da superfície.
Assim é que abandonou tudo.
Já meio desanimada, falou com o Peixe Espada:
- Olá, seu Espadinha!
- Olá, Tartaruguinha! Ouvi dizer que você quer salvar-se da lama.
- É verdade.
O Peixe Espada disse-lhe:
- Não há mistério nenhum para isso. A regra é uma só para todos: "Ajude os que sofrem e se ajude estudando."
A Tartaruguinha não perdeu tempo.
Correu a socorrer um peixe reumático.
Dali, foi levada a medicar um corte no tentáculo de um velho Polvo.
O Polvo, agradecido, pediu que ela cuidasse da dor de dentes do Ouriço.
Socorrendo e estudando, sentia-se feliz.
Passou a dar conselhos de paz ao Tubarão.
O Tubarão levou-a a visitar a Baleia.
A Baleia, então, pela primeira vez, ouviu a Tartaruguinha falar do mal da gula.
De repente...
Ora, que aconteceu de repente?
A Tartaruguinha, nada mais, nada menos, estava na superfície da baía,
Um mundo maravilhoso à sua frente!

terça-feira, 17 de maio de 2011

CASINHAS DE MORAR - Cléo de A. Mello

O caracol mora na sua casa cor-de-terra-bem-clarinha.
A abelha faz sua casa na colméia, onde o zangão será seu marido.
Já o João-de-barro constrói sua casa nas árvores.
O homem também faz sua casa para morar com a família.
Nas cidades muitas pessoas moram em apartamentos e as janelas dão umas para as outras.
Outras moram em favelas, onde as casas são de barro, palha, madeira e até tijolo!
No campo, algumas pessoas moram em casas grandes e antigas.
Um dia, nós aprenderemos que este mundo é a nossa casa maior...
... e que podemos renascer noutros mundos que vemos brilhar, de noite, no céu...
... e conhecer outros tipos de casas e gentes.
É tão bom saber que todos nós somos irmãos, porque somos filhos de um só pai:
DEUS!

A CASA DE SABÃO - Sônia Xavier Pimentel

Certo dia invigilante,
Algo errado pratiquei
E para encobrir meu ato
Outra história inventei.

Parecia coisa boba
Mas depois que aflição!
Eu estava confinado
Numa casa de sabão.

Tentei fugir, mas não via
Nenhuma porta ou janela
Quanto mais eu procurava
Mais eu me perdia nela

Era mágica, ou talvez
Fruto da imaginação
Parecia um trem fantasma
Essa casa de sabão!

Se ouvia a voz de alguém,
Suava de apreensão,
Tremia de ansiedade,
Disparava o coração.

Não que alguém me acusasse
Ninguém sabia de nada
Mas, em mim, algo por dentro
Picava como agulhada.

Tentava escapa de um lado,
Levava um escorregão
Era cheia de armadilhas
Essa casa de sabão!

A coisa se complicou,
Receava conversar
Nem brincava, pois já tinha
Medo de me machucar.

Vi logo que aquela casa
Mal fazia ao coração
Fiquei triste, era outro
Que vivia, desde então.

E senti, se prosseguissem
Tombos e escorregões
Acabariam causando
Maiores complicações.

Além disso, a confiança
É algo bem precioso
Se perdida, não é fácil
Construir tudo de novo.

Resolvi assim pensando
Tratar de buscar a porta
Deus me ajude! Decidir;
A saída é o que importa!

É isso, vou conversar,
Com boa intenção agir
E há de ter o momento
De meu erro corrigir!

Farei o que for preciso
Com coragem e decisão
Pois não quero mais ficar
Nessa casa de sabão.

Que fantástica magia!
Vejam o que aconteceu
Nesse instante, de repente
A porta me apareceu!

Que sensação mais gostosa
Respirei, aliviado,
Foi dura a experiência
Mas valeu o aprendizado!

Por mais difícil que seja,
Verdade é a opção
Que liberta a consciência
Dessa casa de sabão!

A MENINA DAS LUZES - Rita Foelker

As luzes andam com Rita porque ela é muito alegre.
Porque ela gosta de todo mundo.
E porque ela vive ajudando as pessoas.
Quando Rita abraça um amigo, apertado...
... ele fica iluminado.
Quando Rita rega o jardim...
... as flores se abrem assim...
Se ela visitasse alguém doentinho...
... ele sara  rapidinho!
Toda a cidade pergunta e ninguém sabe explicar:
- Qual o segredo das luzes que Rita espalha por todo o lugar?

A CHAVE DO SABER - Sônia Xavier Pimentel

Na magia das palavras
Das cores e ilustrações
Tenho a Chave do Saber
E de muitas emoções.

Falo de muitas histórias
Fatos e acontecimentos
Transmitindo experiências
Valores, divertimentos.

Basta viajar nas páginas
Que se abrem com prazer
Pra ter acesso a mensagens
Que maravilham o ser.

Erradamente me usam
Às vezes, sem eu querer
Devo o leitor sensato
Analisar o que lê.

Mas no geral com certeza,
Sou agente de alegria
Dou coragem, vida nova,
E muita sabedoria.

Por ser livro, sou feliz
E uma verdade sustento
Na rota evolutiva
Sou valioso instrumento!

Afinal o mais sublime
Repositório de Luz
São os exemplos de Amor
Do Evangelho de Jesus!

UMA LUZINHA CHAMADA AMOR - Clecy Petrilo

Esta é uma história de uma garotinha chamada Jujú.
Um dia, ela estava brincando no quintal quando, de repente, um garotinho muito pobre, de olhar triste, apareceu no portão e ficou observando-a.
A pequenina se inquietou com seu olhar tristonho e perguntou:
_ Por que você está triste?
E o menino respondeu:
_ É que eu não tenho nenhum brinquedo, e minha mãe disse que somos pobres e ela não pode me dar nada.
E Jujú, num impulso, deu-lhe a bola com que brincava, dizendo:
- Não fique triste, pois agora você tem uma bola novinha!
E o menino, transbordando alegria, deu-lhe um grande abraço e disse:
- Muito obrigado! Vou agora mesmo brincar com meus irmãozinhos.
E Jujú, feliz da vida, entrou em casa correndo para contar à mamãe o que havia acontecido, mas não precisou, pois mamãe havia assistido a tudo pela janela.
A pequenina, desconcertada, falou:
- Mamãe, eu dei a bola que a senhora me deu para o menino que estava triste!
E a mamãe, surpresa com tal ato, perguntou:
- Porque ele estava triste, e a bola deixou ele feliz.
- Que luz é essa mamãe? perguntou Jujú curiosa.
E a mamãe respondeu docemente:
- Meu amor, quando Papai do Céu nos criou, ele colocou uma luzinha dentro do nosso coração e disse: você vai morar aí para sempre.
E a menina perguntou:
- E eu tenho uma luzinha no coração?
-Tem sim, todos nós temos, disse a mamãe.
- E como é essa luzinha? perguntou Jujú.
E sua mãe respondeu:
- Ela é pequenina e pura, mas pode ficar diferente.
Jujú, confusa, perguntou:
- Como assim, mamãe?
E a mamãe respondeu:
- É o seguinte: essa luzinha pode ficar feliz e brilhar, bem como ficar triste e apagada; depende apenas dos nossos pensamentos e atos.
Jujú perguntou ansiosa:
- E como é que eu faço para minha luz brilhar e fica feliz?
-Cada vez que fazemos ou sentimos alguma coisa de bom, ela fica feliz e radiante, mas quando fazemos algo ruim, ela fica apagada e triste; por isso Papai do Céu diz que sempre devemos fazer o bem. Pois Ele fica feliz quando nossa luz brilha, e triste quando ela se apaga.
- E tem gente com a luzinha apagada? disse Jujú.
E a mamãe completou:
- Tem sim, mas não é para sempre, pois Papai do Céu ensinou que toda luzinha do mundo, cedo ou tarde, vai brilhar muito, e quando isso acontecer todo mundo vai ser muito feliz.
E Jujú, olhando o próprio peito, perguntou:
- Mamãe, como minha luzinha está agora?
E a mamãe respondeu, com ternura:
- Está brilhando como nunca, e Deus está muito feliz por isso, pois você está cuidando muito bem da sua luz.
-E essa luzinha tem nome? perguntou Jujú.
E a mamãe respondeu, emocionada:
- Tem sim, seu nome é AMOR.
E as duas se abraçaram felizes.